INFINDA SAUDADE
Do outro lado da minha saudade,
Mora uma boca que esparrama
Nos meus dias, o pujante desejo
De tê-la toda minha.
Do outro lado da minha saudade,
Grita sem siso um querer, que
Dorme á beira de uma tez sedenta,
Fugidía dos meus dias...
Do outro lado da minha saudade,
Vejo tuas mãos fugir do meu
Corpo mal dormido, pela a
Ausência dos afagos idos...
Do outro lado da minha saudade,
Vejo teus lábios daninhos a dilatar
Meus pensamentos mais íntimos;
A sussurrar em ais infindos.