SENTIDOS OPOSTOS

As árvores correm

Como verdadeiros brinquedos de plásticos

Que nunca morrem

Nestes mundos fantásticos

Pela janela do carro passam

Apressadas como se buscassem atravessar o tempo

E nessa constante corrida atravessam

Linhas fora do pensamento

Queria eu poder fazer algo semelhante

Esconder-me na dimensão da estrada

Procurando por uma entrada

Que sei jamais poder ser encontrada

O vento compõe sua sincronia

Em conjunto com a paisagem

Caminhando juntos, em plena harmonia

Parecendo por vezes uma miragem

A qual meus olhos não se acostumam

E regressam ao que já passou

Esperando que a própria história os consumam

Como um rio que já secou

Mesmo estando em plena floresta

Até os mais fortes morrem

Assim como tudo o que resta

Em mim

Em sentidos opostos agora

Correm...

inthemoonlight
Enviado por inthemoonlight em 27/03/2007
Reeditado em 17/05/2007
Código do texto: T427847