Poema breve

O instante desaba!

Colide com o ar imóvel!

O tempo acaricia-nos com as impalpáveis mãos de desgaste

Desatando os nós já desgastados pelo tempo

Deixo a solidão em meus versos

Na fumaça que sobe de um lamento

Como a cinza do horizonte que anoitece

E o aroma que destila pelo vento

Que lufa sobre as flores e esquece

Tênues sedativas do silêncio

Que no remanso dos dias logo cresce

Relampeiam em vão contentamento!