AO POR DO SOL

Ao por do sol me invade uma tristeza

Com a sua meia luz crepuscular

Vejo nisso uma grande beleza

Que tenho até vontade de chorar.

Descendo pelo morro e monte

Estas sombras que vagam em derivas

Vejo bem distante lá no horizonte

Luzes que piscam como almas vivas.

Estando tudo pronto para adormecer

As arvores nas matas sentem a serenidade

Meus pensamentos voam de encontro a você

Pedindo que venhas matar esta saudade.

Domada então como fera vencida

Que tolamente se abranda e se conforma

É mais uma fera que se sente adormecida

Descansando nos braços da noite e se transforma.

Numa bela adormecida sem encantos

A saudade que tem uma figura feia

Transforma se também em suaves cantos

Embalando leva à noite para a sua teia.

ANGELICA ARANTES

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 29/05/2013
Código do texto: T4314816
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