Análise

Fez noite que a noite se perdeu,

Fez dia que não apareceu,

Nuvens que passam um dia esqueceu,

Que mesmo o mar sem balançar,

Não quer dizer que morreu.

Tens sonhos, que o sonho, não sabe acordar,

A cabeça sem vida não sabe sonhar,

Louco de sonho, num sono, vagar

Dorme, acorda viaja a mente,

No balanço do ar.

Tem passos, Passes que faço

que pisam e passam, que ando em falso,

dedos que cruzam no caminhar descalço,

passos após passo, num prazo sem atraso,

num tempo que passa, meu passo, refaço.

Tem vivo, que sem vida sabe viver,

Tem vivo que mesmo vivo, consegue morrer,

Na vida, onde o vivo não vive entende o por que?,

E que os vivos vividos é que sabem vencer,

E os vivos sem vida não reclamam perder.