CONTANDO O TEMPO
Já são noventa dias de solidão,
são noventa dias sem argumento,
sem solução.
Parece pouco quando se tem uma esperança,
e parece muito quando se entende essa distancia.
O tempo vai passando,
a ferida vai deixando algumas rachaduras,
E eu continuo sentindo, continuo lembrando,
e continua doendo sem ter remédios,
sem ter cura.
Tento ocupar estes espaço com trabalho,
com insônia com cansaço.
Já não sou o mesmo homem, ando triste
ando um bagaço.
Falam que o tempo é o melhor remédio,
mais a doze é alta e seu efeito é colateral
provoca dor, provoca saudades,
e provoca tédio.
Pode ser que a vida volte ao normal,
Que a alegria retorne ao coração
Que um dia eu cure esta dor
Que tudo seja diferente,
e que lá na frente eu encontre outra vida
nunca igual, nunca parecida ,
com este amor que você me dedicou
figueroa. 17-04-2007