DISTÂNCIA
Olhos cegos
pela neblina,
luz que não retine
na opaca retina.
Vazio,
alma perdida em miragens,
cortina da distância
véu que ofusca
sua imagem.
Na boca um gosto amargo,
sentimentos camuflados
em momentos incertos,
dispersos no frio
do tempo.
Coração, campo minado...
Madrugadas orvalhadas
pelo pranto,
sons ao longe,
recordações...
Ao longo,
noite que avança...
No corpo, a dança
do desejo incontido,
nos raios da lua
despertam sentidos,
gemidos...
Emoções nuas
nas doces ilusões,
que foram minhas e suas...
abril de 2007