aurora boreal

de olhos para os ventos do destino

uma alma deitada no topo de um mundo desfilando

na linha dupla entre o céu e o inferno

poeta sem rosto

não quer ver de olhos abertos

o que um grito

vindo do buraco dos anjos

mostrou para o tempo uma nova tinta vermelha

com muitas almas misturadas num copo

de vinho tinto

lagrimas na terra na hora dos primeiros

cuspes de deus

arvore da vida

tomando remedios para melhorar a loucura

volto a dormir

na cama de pregos

e vejo na dor

uma nova gota preta

no meu caderno de passados distantes

mas antes de beber meu novo copo de veneno

vou sair pelado na tempestade

e procurar um novo calor

para meu velorio festivo.

fred albano
Enviado por fred albano em 27/12/2013
Código do texto: T4627169
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