Asas partidas

Ei-lo que surge,

Rasgando céus, nuvens

Aço, fogo, luz,

Imponente!

Diante dele

me sinto pequena

frágil!

Parte, levando partes de mim

Rasga os céus

Rasga minh'alma

Leva sonhos,lágrimas

Saudades, amor!

Um risco,

Um brilho,

Nenhum risco,

Nenhuma luz.

Desaparece na imensidão!

Feito mágica

desapareço

Retalhada na dor

de vê-los partir.

Último olhar

prum horizonte sem fim

Os pensamentos

se misturam,

embaralham as cartas

das lembranças

dos risos,

da dor

trocada em miúdos.

É preciso voltar

dormir,

apagar.

Amanhã,

sim, amanhã

A vida nos espera.

Vocês lá e nós

aqui

na batalha da vida

e da morte.

Quem vencerá?

Nota da autora: Esse poema foi rabiscado, na mente, em maio de 2005, no aeroporto de C.Gde, na despedida dos filhos Xandy e Cinthia..Passávamos um momento delicado e a emoção de vê-los partir foi muito forte.

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 25/04/2007
Código do texto: T463136