Poemeto de Abandono

Eu sou menos do que era,

Sou menos do que eu queria.

Sou mais com ela,

Mais cheio de alegria.

Já não vejo a primavera,

Primar como antes eu a via.

Nem se abrindo a janela,

E ter a brisa que me sentia.

O desatino que me atropela,

Se faz em rebeldia.

É tão triste estar sem ela,

Estar só, assim como eu temia.

Seu abandono foi como chama de vela,

Que me queimava e pouco sentia.

Arde mais sem ela,

Do que antes, quando a via.

Arde ainda mais sem ela,

Ao lembrar do que a gente vivia.

Já não é mais ardência singela,

É fogo que me abrasa a alma.

Já não vivo assim como era,

Sem meu sol, minha lua, minha calma.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 23/01/2014
Reeditado em 14/04/2014
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