Como dói esta ausência, esta solidão.
 

Rasga-me as entranhas dor lancinante
Silenciosamente leva-me a deriva
Por mares turbulentos vaga e se esquiva
Dos dias saudosos, seu andar brilhante.
 


Aperta-me o peito corpo inclina
Esvai-se em tormento tenebroso e frio
Lágrimas sentidas escorrem, formam um rio.
Na colcha amarfanhada a lembrança declina.
 


A mente sem vontade goteja o pranto
Alma soluçante desgrenhada, sem vida.
Outrora soberba, linda, levemente altiva.
Hoje jaz  naufragada no universo, qualquer canto.
 


Porque se foste tão cedo de meus abraços?
Recordo-me tristemente seu corpo ao chão
Nunca mais seus olhos, seus cuidados.
A minha mãe! Como dói esta ausência
Esta solidão.
 

Sandra Brito
 
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 27/03/2014
Código do texto: T4746414
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