Numa tarde qualquer

Pode-se tudo numa tarde qualquer

Amar, desarmar, escrever, apagar

Nascer, morrer ou nunca estar lá

Sentar e conversar, chorar, sorrir

Pode-se tudo numa tarde qualquer

Calar com um beijo, emudecer com um gesto

Dançar lentamente, deitar e rolar loucamente

Desabafar num soluço, gritar um absurdo

Pode-se tudo numa tarde qualquer

Perder seu perfume em outro perfume

Fazer daquela tarde um lindo anoitecer

Encontrar a paz num abraço perfeito

Pode-se tudo numa tarde qualquer

Lembre-se que um poema não é só escrito

Um poema de verdade pode ser feito

Numa tarde qualquer...

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 01/04/2014
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