o amanhecer da primavera

olhos abertos para uma pintura pendurada no jardim

onde a paz comeu verdades que não foram ditas por uma minhoca

cada resto desta vida procuro segurar forte com as mãos abertas

antes do revoada das borboletas

dentro de um sonho de criança

cheiro as ervas do mato em dias de chuva

e de noite procuro a fonte que o profeta cantou durante a vida

criaturas vão buscando a fonte da vida

mas a realidade sempre acorda com fome de guerra

o melhor agora mesmo e abrir o livro dos mortos

e tentar ouvir a voz da festa das cores em preto e branco

antes de deitar nas flores mortas e viajar para outro campo de batalha.

fred albano
Enviado por fred albano em 20/04/2014
Código do texto: T4775883
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