NÃO ÉS A MESMA LISBOA

Que é feito de ti, não és a mesma Lisboa,

Desde que te deixei que és muito vaidosa,

És mais cosmopolita e tão pouco bairrista,

Deixaste de ser a Lisboa amada d'outrora.

Viraste costas ao rio e aos miradouros,

Trocaste a tua história pelos mexericos,

Foste vencida agora por outros mouros,

Que te provocaram vícios tão malditos.

Deixaste de ser a Lisboa casta e desejada,

Passaste a ser a Lisboa dos estrangeiros,

Comprometeste teu futuro, minha amada,

Vendeste teu corpo, tenho meus receios.

Ainda tens tempo para emendar teus erros,

A tua longa e valiosa história assim merece,

Dessa modernidade e tentações, esquece,

Volta para os meus braços amigos e veros.

Ruy Serrano - 01.06.2014, às 10:00 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 01/06/2014
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