Lenha Na Fogueira

Frio do mês de agosto

lembro-me dos amigos

Bebendo um bom vinho

Que chega a me dá gosto.

A lua refletida na lagoa

O céu cheio de pirilampos

Bêbados ensaiando cantos

Mas tudo de leve, numa boa.

Muita lenha na fogueira

Batata pegada na roça

Assando e a velha viola

Tocando a noite inteira.

E rolava uma brincadeira

A brincadeira da verdade

Cada pergunta uma asneira

Geralmente uma curiosidade

A respeito da sexualidade

Do que já tinha feito fulano

Quando, com quem, qual ano,

Delatando assim a privacidade.

Subia o vinho, criavam-se asas

As vozes todas aumentavam

Faíscas que saíam das brasas

Tudo e todos se alegravam.

Hoje mundo moderno, sem graça,

Todo mundo interligado e desligado

Todo mundo preso dentro de casa

Ah! Quantas saudades do meu passado!

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=273015#ixzz35IcNauiy

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 21/06/2014
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