QUANDO EU ME FOR

E quando meus olhos fecharem-se, beije-me a face, num gesto de

adeus. Pois jamais meus lábios, agora selados, beijarão os teus.

Afague-me os cabelos, enrole-os nos dedos,

aqueça-me a pele, sufoque meus medos.

Regue meus lagos, agora secados, com silêncio calado.

Grite plangente, ao fitar-me dormente, imóvel e finado.

Meu cheiro se esvai, só fica o das flores

bela vida, bela dor, bela ida, sem amor(es).

Sillino Vitalle
Enviado por Sillino Vitalle em 18/09/2014
Reeditado em 09/11/2017
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