Madrugada...

Quando a madrugada surge na janela,

Invade no coração a saudade dela...

Noite... Possui em si a magia,

Derrama sobre a Terra encanto,

Traz nos braços tanto amor quanto agonia,

Tanto a luxúria quanto o santo...

Madrugada, quantas não fizeram pobres vítimas,

Quantas do amor não são testemunhas legítimas...

Surge em silêncio, tímida, calada,

Invade tudo, mente, coração...

Espalha a sombra sobre a calçada,

Domina os sonhos, fixa a ilusão...

Rosas vermelhas atravessam seus instantes

Em busca de chegar aos braços

De mulheres belas, lindas, estonteantes...

Madrugada... Quem recebe teus beijos, teus abraços,

Apaixona-se e jamais por toda a vida a esquece...

Por isso em ti madrugada é que padece

Quem sente amor, a ardente saudade,

Pois amor e saudade são como tu, vêm, domina, invade...