Ai de mim!

Ai de mim, que sofro sem teu amor!

Ai de mim, nessa solidão angustiante!

Impiedoso Eros que me disparou

Flechas ardentes e fumegantes...

Deus do Amor, que aqueceu meu peito,

Volta, sem demora, ao nosso leito.

Sinto mórbidos calafrios...

Desde que partiste, minha alma se consumiu...

Consumida por dores dilacerantes,

Minha alma está condenada ao abismo.

Nada mais é como antes...

Não contemplo mais o teu sorriso.

Teu corpo, meu santuário,

Foi proibido a mim...

Meu coração, que era o teu altar,

Tu conseguiste destruir.

Atormentada por lascivos desejos,

Sinto falta de tuas carícias e de teus beijos...

A saudade me corrói

E tua ausência me destrói...

Estou morrendo aos poucos

Nesse cruel desalento.

Vem saciar os anseios loucos

Que entrelaçam nosso pensamento.

Ou, finalmente, me deixe morrer...

Esqueça-me para sempre!

Como é penoso o meu anoitecer

Desde que te tornaste ausente...

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 06/01/2015
Reeditado em 06/01/2015
Código do texto: T5093165
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.