A NOITE CHOVEU

Quando na noite choveu

Espalhou-se o frescor da neblina

Acordei de manhã cedo ainda

E abri logo do quarto a cortina

Na minha alma recostada

Estava uma saudade enfadada

Uma lágrima à toa e desesperada

Que soluçou por toda madrugada

Um eco de amor insistente

Coisas que apaixonados sentem

Pairava naquele ambiente

Onde nos entregávamos sempre

A chuva traduzia mais pranto

Caiam algumas gotas no canto

Do meu coração relutante

Que não te queria como antes

Não poderei mais fugir

Deixarei as lágrimas espargir

Todo amor guardado em mim

E em toda chuva que cair...

Lúcia Alves
Enviado por Lúcia Alves em 03/02/2015
Código do texto: T5124337
Classificação de conteúdo: seguro