Caminhando

Os passos na longa estrada,

Poeira, passo a passo sigo

E não consigo ficar – passo.

Da hipocrisia falo novamente;

Na poesia fria novamente o falo;

Na nova mente a sensualidade ausente.

Rebuscadas palavras revestem o imoral,

A força brutal, o conformismo disfarçado;

Do semblante doce à face suada – o sal.

À retina o cisco – o espaço,

Pó, nos passos fico, afinco – pó.

Belas palavras passam, disfarçam.

A velha oração passa, ultrapassam;

A velha estrada marca, demarcam;

À velha mente novos pensamentos fincam.

Não fico. Passo.

Majal San
Enviado por Majal San em 04/02/2015
Código do texto: T5125538
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