O Caminhão do Tio Cota

Lá se vai aquele intrépido Caminhão

O primeiro e o último de Corguinhos

Em meu coração.

Se ia para o norte

Ou se rodava para o sul,

Levando a vida e a morte,

Carregava de tudo o caminhão azul.

E todos diziam naquele sertão:

Ah! O Caminhão do Cota?

Transportava desde a gestação

Até o caixão!

Caminhão do Cota!

Do Alvarino Paim Pamplona!

Do Alvarino comerciante

Do Alvarino agricultor

Do Alvarino radiante

Do Alvarino vereador

Quantas marcas aquele caminhão

Deixou naquelas velhas estradas

Empoeiradas

Barrentas

Esburacadas.

Caminhão do Tio Cota

Seu barulho ainda ronca em glória

Nas planícies e montanhas

De minha memória.

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 08/02/2015
Reeditado em 06/03/2015
Código do texto: T5129809
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