O Caminhão do Tio Cota
Lá se vai aquele intrépido Caminhão
O primeiro e o último de Corguinhos
Em meu coração.
Se ia para o norte
Ou se rodava para o sul,
Levando a vida e a morte,
Carregava de tudo o caminhão azul.
E todos diziam naquele sertão:
Ah! O Caminhão do Cota?
Transportava desde a gestação
Até o caixão!
Caminhão do Cota!
Do Alvarino Paim Pamplona!
Do Alvarino comerciante
Do Alvarino agricultor
Do Alvarino radiante
Do Alvarino vereador
Quantas marcas aquele caminhão
Deixou naquelas velhas estradas
Empoeiradas
Barrentas
Esburacadas.
Caminhão do Tio Cota
Seu barulho ainda ronca em glória
Nas planícies e montanhas
De minha memória.