Poema Cidades

Na porta de casa,

Suas chaves girando furiosamente.

"Querida eu chegarei bem"

E na praça onde eu escondia de mim mesma,

agora debaixo da árvore cortada por giletes.

Vejo um pouco de minha pureza estancada no tronco.

Então eu me vejo sem saída.

No sofá da sala,

suas bocas palpitam intensamente.

"está é a prova de que tudo está certo"

Então na cama onde durmo,

eu me deito sem palavras.

Quando eu perdi meu rumo?

Se só eu sei assim tão bem

O meu nome estava escrito em baixo do seu.