SAUDADE

Um nome suspenso no pensamento;

Dor que sem pedir licença invade...

Um suspiro feito vagido no vento...

Sino no peito tangido pelo saudade.

Pétalas na memória dispersas...

Detalhes tão grandes e tão pequenos...

Lágrimas são nuvens n'alma imersas...

Esperando para cair em dias amenos.

O tempo tudo pode, este senhor mudo;

Mas não consegue conter os sentimentos...

Por mais que tente o tempo não pode tudo;

Paradoxos ventilados por bons ventos.

A saudade vaza o seu paredão invisível,

Agridoce lembranças desfilando na memória...

Saudade é tentar dizer o que é indizível,

Saudade é abstrata e concreta em cada história.