A casa do vovô
Abandonada no mato
resistente ainda persiste
a casa do meu avô
sombria,rôta,ela existe.
Entre as ervas daninhas
que cresceram à sua volta
ainda marca a saudade
Do meu avô ,alí, na porta
Sente a ausência dos risos
da crianças no terreiro
da energia dos jovens
do engenho ,do bagaceiro
do tacho de goiabada
do cheiro de pão assado
a casa e suas lembranças
herança do meu passado
saudosa ela espera aflita
que um dia alguem apareça
que traga o riso de outrora
e que a saudade pereça.
Lucina M. Duarte