A casa do vovô

Abandonada no mato

resistente ainda persiste

a casa do meu avô

sombria,rôta,ela existe.

Entre as ervas daninhas

que cresceram à sua volta

ainda marca a saudade

Do meu avô ,alí, na porta

Sente a ausência dos risos

da crianças no terreiro

da energia dos jovens

do engenho ,do bagaceiro

do tacho de goiabada

do cheiro de pão assado

a casa e suas lembranças

herança do meu passado

saudosa ela espera aflita

que um dia alguem apareça

que traga o riso de outrora

e que a saudade pereça.

Lucina M. Duarte

Lucina Duarte
Enviado por Lucina Duarte em 26/06/2007
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