Lágrimas do que se Foi**

Expulso de meu riso

Longe de meu corpo

Fora do círculo

Condenado ao Morfo.

Pólo oposto do ímã

Longe de tudo, um nada

Boca sem voz, voz sem vez

Alma estupidamente calada.

Bem-te-vi com bico, sem asas

Águia com asas, sem bico

Menino pobre sem pernas, palavras

De sonho infinitamente rico.

Poço de tristeza, fonte de lágrimas

Corpo místico do desencanto

Rios de desespero, de incerteza fria...

Rosto pálido de espanto!

Publicado no site da CBJE na sessão Poetas da Vez em 08/08/2007

21/06/2007