A Fera

Lá estavam enclausurados,

Nos corpos sombreados,

Os idílios, deverás, aclamados

Pelos domadores aviltados.

O cabresto é irrisório,

Pois ostenta apenas o ideal ilusório

De calmaria, que aquela animália,

Constantemente, põe revelia.

Desse modo, a opção é deixá-la esmorecer

Onde todos os sentimentos parecem não sobreviver:

Na jaula de seu próprio querer.

Pois, aos domadores, é ignóbil, pensar em seu renascer.

Fica ela, assim, a atinar,

Se teria culpa a declarar.

Mas, resposta, não consegue achar.

Resta, então, o ânimo solapar.

Até que um dos domadores, resolva, outra vez, amar.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 10/12/2015
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