A Fera
Lá estavam enclausurados,
Nos corpos sombreados,
Os idílios, deverás, aclamados
Pelos domadores aviltados.
O cabresto é irrisório,
Pois ostenta apenas o ideal ilusório
De calmaria, que aquela animália,
Constantemente, põe revelia.
Desse modo, a opção é deixá-la esmorecer
Onde todos os sentimentos parecem não sobreviver:
Na jaula de seu próprio querer.
Pois, aos domadores, é ignóbil, pensar em seu renascer.
Fica ela, assim, a atinar,
Se teria culpa a declarar.
Mas, resposta, não consegue achar.
Resta, então, o ânimo solapar.
Até que um dos domadores, resolva, outra vez, amar.