O tempo e o fim da saudade...

Como um monstro ela invade o meu ser

Chega de mansinho, fere sem dó ou piedade.

Traz lembranças indesejadas em meu viver

Abre o baú do tempo e fala da saudade...

Na dualidade do meu ser, o tempo passa.

Vira-me do avesso, mostra as tatuagens

Da alma revestida, orvalhada e escassa

Com sonhos de ontem que são só miragens.

Raios de lua invadem o breu do meu quarto.

Invadem também, meus cantos e recantos.

Olho no espelho, em meus olhos te vejo.

Nada mais resta só a saudade perdura

Abro o baú do tempo e o liberto com ternura

Um tempo que se foi e não mais almejo...