Da saudade que habita em mim.

A saudade é como a brisa leve que toca meu rosto,

me emociona aos poucos, me traz alívio, gratidão e lágrimas. É anseio por ter novamente, é vontade infinita de trazer de volta aquele precioso sorriso. Ela é a poesia que me rouba suspiros, que arrepia o corpo, que me deixa lúcido e louco, é ela que me faz sorrir e chorar ao mesmo tempo. A saudade é criança que brinca, fica e volta quando quer. Ela é arteira, não para quieta, pode também ser discreta mas nunca age de forma incorreta. Saudade é totalmente alma, sentimento e força. Saudade é moça que dança e recita a esperança do reencontro. Saudade é ponto, nunca final. É unilateral, sentida por quem se permite ser o que na essência transborda. Saudade é corda que salva quando perdemos a fé, é ela que nos mantém de pé quando o peso nas costas é enorme. Saudade é fome e saciação, saudade é tudo que gostaria de escrever nas linhas, mas o silêncio e o olhar explica. Saudade sempre fica. E vai. E volta quando quer.

Saudade é criança que sabe tudo o que guardamos de bom.

Saudade tem cheiro, sabor, olhos e cor.

Saudade é sinônimo de amor.

( Vitor Ávila )