Que te beijem os meus versos de saudade

Curitiba, 22 de outubro de 2013.

Que te beijem os meus versos de saudade
Confundindo o orgulho, para que não escandalize.
Na presente ausência, perder viagem.
Minhas cartas até você nunca chegaram.
Pode chamar de covardia, do que bem quiser.
As palavras não ditas são o meu calvário.

Gritei de medo e a própria escuridão me acudiu.
Daquele conhecido mundo, nem as ruínas me perseguem.
Os muros cederam, as pontes se romperam.

Já se passaram tantos dias e ainda é noite, ainda é noite.
Tão estranho que ninguém suspeite
Do quanto pesam os dias sem resquícios de você.
Tão estranho que se passem tantos dias e ainda seja noite.
Ainda é noite, ainda é noite...

Que te abracem as ventanias da inspiração
E você nunca se esqueça do caminho para casa.
E que te beijem todos os versos de saudade, um a um.
Para que seja dia somente mais uma vez.
Não tem nada mais triste que despertar de um sonho
E saber que disso ele não passa, de um lindo sonho.
Demais para ser... Demais para mim!

Chorei para as paredes e o cansaço me embalou.
Ao fim das horas a agonia só se faz aumentar.
E com os fatos, de tanto brigar, fez-se vitoriosa a rouquidão.

Já se passaram tantos dias e ainda é noite, ainda é noite.
Tão estranho que ninguém suspeite
Do quanto pesam os dias sem resquícios de você.
Tão estranho que se passem tantos dias e ainda seja noite.
Ainda é noite, ainda é noite...
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 30/05/2016
Reeditado em 01/05/2018
Código do texto: T5652051
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