Deixar Ir e Voltar

O corpo jamais nascerá preso

A alma caminhava antes disso

É verdade: ninguém fica ileso

Em se perder do compromisso.

Não há força que nos impeça de ir

Nem que se mexa no destino

Pois volta-e-meia depois de partir

Ele realinha, visto que é ferino.

Deixar escapar pelas mãos

É um ajuste de contas

Pois perder as pontas

Faz parte dos poréns e senãos.

Pode não realmente acontecer

Mas o imediatismo é um dano

Que a maturidade inclui como um plano

Quando tudo é destinado para ser

Assim é como o todo acontece

E eventualmente, todo mundo padece.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 16/06/2016
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