Minha dor ...
Dor,
eu já passei tantas vezes por esse momento,
é um sentimento vazio, inexplicável,
é ter a alma sangrando,
é tatear o corpo a procura da dor.
Uma sensação imaterial me absorve,
como se estivesse insana, a procura de algum lugar acolhedor,
que aliviassee minha dor ...
Mesmo ao lado de todos, me sinto só,
vaga dor, ninguém a preenche.
Um túnel chamado passado me convida a viajar,
viajar para dentro da alma,
não há diferença, se o lugar e quente ou frio,
acolhedor ou ausente,
saudade ou solidão,
tudo é demasiadamente dolorido.
Nessas fases doídas entendo que tudo passa,
até dor !
Ferindo, sangrando, doendo,
vou esmiuçando-a,
nada é para sempre,
existe a cura, o renascimento.
O viver é eterno,
a travessia é curadoura,
os sentimentos desmaterializam,
o tempo sábio novamente escreve meu próprio texto,
crio defesa, não sou mais tão vulnerável,
esvaindo, esvaindo, a dor se vai ...
Um dia me toco, e recordo surpresa:
já não dói mais !
- Helena Huback -