Meu querido pai

Vinte primaveras sem tua presença

Saudades meu velho

Olho ao meu redor e não o vejo

Olho meu rosto refletido no espelho

Em busca de te encontra

Talvez dentro de mim

Escondido em algum lugar

Mas descubro que não é bem assim

Pai, senta aqui nesta cadeira

Vamos bater aquele papo

Conte-me as histórias la da roça

Da onça, coelho e sapo

Pai, senta aqui na beira deste fogão

A lenha esta queimando

E o frio que esta la fora

Aos poucos vai nos deixando

Pai, vejo mamãe nos chamando

Vem vamos jantar

Pois a comida esta quente

E na mesa a nos esperar

Pai, teus traços aos poucos se modelam em meu rosto

Escuto pelas ruas pessoas dizendo-me parecer contigo

Para mim um orgulho saber disto

Pai serás para sempre meu velho e bom amigo

Ah meu querido pai

Vinte anos sem tua presença junto a mim

E mesmo distante meu abraço hoje vai para ti

E te digo que esta saudade não tem fim

Robnho Da Madeira
Enviado por Robnho Da Madeira em 13/08/2016
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