De dentro da banheira eu tento entender
O que sinto exatamente por ti
Mergulho para ouvir o silêncio da água;
E queimo meus pensamentos que borbulham
Já não sei o que é sonho e o que é real
Se eu sinto frio quando venho submerso,
E quebro o silencio... E te busco;
Mais teus braços não estão aqui!

Me acomodo na espuma que me abraça
E admiro a chama da vela imponente
Cravada sob o castiçal de prata...
Sem querer meus dedos me derrete
Apaguei a vela e a chama agora arde sob mim
Já não sei o que é presente e o que é passado

Eu te enquadro num pedaço de ar
Não posso ignorar os meus desejos
Como faz pra continuar?
Como amar alguém que nunca voltará!?

Nunca fugi de ti,
Nnca escondi meus desejos;
Quando teus olhos buscava-me
Eu era teu brinquedo...
E brinquei e brincamos sob a espuma;
Onde falamos o tudo ou nada...
E agora... Já não há nos dois!

Me perguntei pra lua que me via nua
Se algum dia ela viu o brilho sob teu peito
Se ela já te viu nu, como agora desejo.
Me embrulhei pra ti, um dia
E jamais percebeste meu presente,

Preciso de muito mais vida...
vivo o que há pra ser vivido nesse agora
De longe, milhas e milhas distante estais;
E sem nenhum som nesse agora,
... silêncio na suite 7;
Fico admirando pela janela o claro céu.
 
Será que esse meu sol beijará tua lua
Enquanto tu dormes nesse agora,
Eu aqui na espuma te pensando;
Dentro desse quarto;
revivendo solitariamente agua quente;
Donde bocas se perderam...
Donde as palavras se soltam
E se afogam como nesse agora!

Mergulho, e busco o silencio.
Na chance de escutar teus gemidos,
Quem sabe preso;
Abaixo das espumas!
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 18/08/2016
Reeditado em 18/08/2016
Código do texto: T5732243
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