Espelhos de minh'alma

Você jamais saberá,

quando o sol teima em nascer,

aquele momento de uma breve agonia,

um "quase ser" entre o não ser...

Você jamais saberá,

quando a noite cai sobre os ombros,

como um agasalho de frio e solidão,

um eterno adeus na permanência dos sentidos...

Você jamais saberá,

o quanto ainda penso em ti,

seus olhos verdes como espelhos de minh'alma,

um esquecimento nunca permitido pelo destino...

Você jamais saberá,

quantas estrelas roubei do céu,

para fazer-lhe um colar de diamantes infinitos,

um mimo deixado à sua porta em cada início de inverno...

Você jamais saberá,

como é triste ver-te ao longe,

nas sombras de outro abraço,

um tormento melancólico de um pierrô abandonado...