Nos tempos de cultura, de decência e de alguma inocência

Com o Tom -e que tom, aprendi

que as águas de março encerram o verão

e com o Tom e Jerry,

a inocência do entretenimento,

mas pertenço mesmo a geração

do Bacamarte e Chumbinho,

Zé Colmeia e Catatau,

do clube do Capitão Furacão,

quando a GLOBO ainda não era manipuladora.

Quando conselho de pai era uma ordem

e a desordem não era permitida.

Muito mudou a vida,

mas ainda assim,

tenho demais a agradecer.

No tempo dos circos,

com palhaços, trapezistas,

bichos, palhaços e boas gargalhadas,

quando hoje, somos nós os malabaristas

e quanto ao circo, esse não tem mais lona,

não tem palhaços, só palhaçadas

e deixou de ser engraçado,

pra se tornar trágico.

O tráfico ameaça até os professores,

com seus meninos cometendo horrores

e o pior é que o pior

ainda está por vir.

O gato perseguia o rato

e cão perseguia o gato.

Hoje está tudo errado

e ai do pai que levantar a mão para o filho

e não dá para dizer que eles (os parlamentares)

não fazem nada,

pois fazem sim: ATRAPALHAR.