É tanta saudade!
E de repente ela chega e te invade por completo,
Sem que você a perceba ela se alastra feito erva daninha,
Vai te consumindo aos poucos tirando suas forças,
Seu sorriso, suas vontades e esperanças.
No começo é só uma pequena dor, quase não se nota,
E essa dor vai crescendo.
Primeiro ataca o coração depois a alma.
E quando ela ali se instala sua alma chora calada, sozinha
Acuada num canto feito criança com medo do escuro.
Ah saudade, saudade, saudade!
Porque você e tão devastadora e cruel?
Porque me domina e me entristece assim?
Você é quase uma presença física em mim,
Está em toda parte por onde eu caminhe.
Tuas mãos gélidas tocam-me de tal forma
E a dor é tamanha que lágrimas tocam
Minha face como cristais de gelo.
Já tentei ser maior que você, te vencer saudade;
Mas toda vez que olho no espelho
Você está bem ali dentro do meu olhar!