SAUDADE DE CASA

Ah, cruel e sorrateiro tempo

Traga, urgente, um alento

Pra essa saudade sem pausa...

Ou mate-a em mim sem sutileza

Plante-me no peito a certeza

De que posso ganhar asa...

E voar de volta para de onde vim

Curar de vez essa falta sem fim

A triste dor que o meu peito abrasa...

Ah, cruel e voraz geografia

Me permita somente uma alegria:

A de pisar o chão da minha casa...