Pausa!

Pausa para a vida

e a dor do passado.

Sinto que enquanto captar a implícita lembrança

estarei no mesmo ponto e nada passará,

este eterno mistério...

recordação de uma imagem, talvez em semelhança...

luto para deteriorar do meu mapa os fatos que ainda permanecem

e o sonho ainda com os planos

transmissores de forças capazes de destroçar os grilhões

com a vontade de ser livre de uma causa inútil,

capaz de vencer uma guerra entre sentimento e razão

mas, o melhor pondera-me com o meu grito de

vitória e o desejo de mostrar a real verdade.

Desacreditada

persisto numa luta .

Faço-me forte por existir a necessidade

de ter esta imagem talvez esculpida,

vítima de uma obsessão ,

o real desejo pondera-me quando penso

na história de vida,

construída e arquivada

pelo tempo, com a atroz função de resgatar

o inevitável desejo de reconciliação.

(Tatiana Deiró/Livro: Margens/Comunicoterapia/òmnira/2007)