Aperreio
A saudade é danada, é ligeira,
Chega assim bem veloz, corriqueira...
E se aloja ali bem no cantinho
E se encolhe que nem passarinho...
De repente resolve nascer
E pra fora do ninho correr,
Aperreia esse meu coração,
Que se inunda mais que um vulcão...
A saudade as vezes se espreita
E confunde, dá nó na cabeça,
Disfarçando seu tom e seu cheiro,
Enrolando até pelos cabelos,
- Ó saudade, me diga o que quer!
Não aguento lhe ter em meu pé,
Vê se ajeita esse meu pobre pranto,
Que espera por mais um encanto...