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Cascatas...ruídos surdos,
Águas que se despejam...jorros
Brancos e transparentes
Descendo pelos ribeiros
Molhando hortos.
Molho minhas mãos
Bebo destas águas
Que correm entre pedras
Formando o  ribeirão.
Minha imagem refletida
Na transparência do espelho
Lembra-me Narciso
Mirando seu rosto belo em enlevo!
Ausenta-se de mim o siso!
Que fez Narciso apaixonado
À própria imagem refletida
Nas águas mansas do lago?
O que vejo causa-me embargo...
Lábios que desejam sorrir
transformados em esgares...
puro desgosto!
Amargo pranto desliza-me
pelas faces desmaquiadas
de nuances. Que triste rosto!
Sem cores... faces sem brilho...
Sem expressão e sorriso,
jazem  escancaradas!
Diante de mim, o vazio...
esta coisa que é tudo e é nada!
Ainda que da chuva, o estio,
Diga-me  que o céu não chora,
A convulsão em cascatas
Continua noite afora...
Saudade de ti  que fica,
Enquanto te vejo indo embora!

Najet, Junho de 2017
 
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Najet, 2017
Marcus Rios, 21. 06. 2017


Cascatas de lágrimas, saem dos olhos da poetisa, enquanto ela vai seguindo o seu rumo sem o seu amor.
 
(Muito obrigada, Poeta! Que não me faltem suas interações!)

 
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 04/06/2017
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T6018450
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