Aquelas sombras...
Aquelas sombras, encantos, aconchegos,
Um clima de maternidade, proteção e singularidade.
Ela sempre contava sobre aquele lugar,
Foi uma mestra, ensinava e encantava.
Uma vida, uma mãe e uma árvore.
Em dia de sol ou naquele dia de junho.
Minha sombra, minha proteção.
Uma árvore muito antiga,
E meus sonhos tão jovens!
Mas de repente veio um vento de desesperança,
E aquela árvore sacudia e folhas no chão.
No outro dia, ela ancinhava tudo,
E tudo reiniciava.
A minha sombra, meu cuidado, meu afeto,
Não percebi que eram sonhos jovens e uma árvore antiga!
Sei que eram grandes sonhos e uma forte árvore.
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Hoje faz cinco anos ou são cinco segundos?
Ou foi o relógio que parou?
Aquela árvore caída,
Nunca esteve no chão.
E os sonhos são jovens por nunca envelhecerem
No amanhecer, lentamente, uma gotinha d’água fria escorregou pela folha,
Em câmera lenta pousou no meu rosto.
Ah! Acordo e vejo, foi só um sonho,
Minha mãe, minha saudade.