Aquelas sombras...

Aquelas sombras, encantos, aconchegos,

Um clima de maternidade, proteção e singularidade.

Ela sempre contava sobre aquele lugar,

Foi uma mestra, ensinava e encantava.

Uma vida, uma mãe e uma árvore.

Em dia de sol ou naquele dia de junho.

Minha sombra, minha proteção.

Uma árvore muito antiga,

E meus sonhos tão jovens!

Mas de repente veio um vento de desesperança,

E aquela árvore sacudia e folhas no chão.

No outro dia, ela ancinhava tudo,

E tudo reiniciava.

A minha sombra, meu cuidado, meu afeto,

Não percebi que eram sonhos jovens e uma árvore antiga!

Sei que eram grandes sonhos e uma forte árvore.

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Hoje faz cinco anos ou são cinco segundos?

Ou foi o relógio que parou?

Aquela árvore caída,

Nunca esteve no chão.

E os sonhos são jovens por nunca envelhecerem

No amanhecer, lentamente, uma gotinha d’água fria escorregou pela folha,

Em câmera lenta pousou no meu rosto.

Ah! Acordo e vejo, foi só um sonho,

Minha mãe, minha saudade.

Messias Lisboa
Enviado por Messias Lisboa em 16/06/2017
Reeditado em 16/06/2017
Código do texto: T6029364
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