FLOR DO CAIS
FLOR DO CAIS
Havia de declarar-te nos meus lábios de silêncio
Como é tão bonita esta na mão cheia de nada
Frágil à memória da paixão
Um hino triunfal
É o riso
É a lágrima
É o mundo a cabeceira real.
Que voa como o vento
Flor do cais
Senhor
É a sorte
É a sina
Se eu fosse crítica de arte
À escala mundial
O amor é uma fervura sem igual.
O ciúme é queimadura
Como tais fazer uma pintura
Ao paraíso no teu olhar
O meu amor tem lábios de fervor
Que teve a sorte de saborear
A galopar no meu peito e delirar
Tu não passaste de um homem vulgar
Nalguma noite triste
Abraça-me a solidão onde esquece que o meu amor existe.
14:10, 20-08-2017, Jey
IMPERDOÁVEL
Nestes olhos desleais
Gritam e rugem meus ais
Desdenha a dor
Imperdoável é o labor
Pergunta-me não as visitei
A chave do rei
Não peça-me para perdoar
Nesta cama a latejar.
14:30, 20-08-2017, Jey
CONFORME A MÚSICA
Só encontrarás erva rasa
Na máquina a bater em casa
Imperdoável é dispensar a razão
Vais sair a dizer que desta é de vez
Recordo aquele acordo
Ao som de Pedro Abrunhosa
Imperdoável é não sobreviver
E tu tiravas o meu vestido
E eu resistindo a lutar
Nesta cama a latejar.
16:00, 20-08-2017, Jey
SÃO... E TU TIRAVAS O MEU VESTIDO
São estrelas cadentes
Imperdoável é pisar quem está no chão
Eu trepava no que não vivi
Boca que enfeitiçava a viver
Teus lábios tão atrevidos onde flori
Bem claro e assumido é o que esqueci
Eu trepava num eucalipto
Contigo é fácil cair
A minha silhueta é teu mistério
Eu fui língua
Cor de pólvora
E tu dialecto
Uma forma eficaz de atrair
Olha isso não se faz nesse trilho secreto.
Só queria me ver nua
E sobretudo és um anjo mau
Um montão de cacos velhos
Faltaste ao prometido ao ver-te acenar
Cara de anjo mau sinto-me sempre sozinha
Tão cedo não terás novas minhas nem do meu decote
Sobre os centrais a dourar o meu caminho
Galope perfeito do homem do norte
Pouco importo-me que note.
16:20, 20-08-2017, Jey