Poeta só, Poeta
Eu que nunca fui fumante, te trago em meu peito,
Saudades; lembranças; o predicado e o sujeito.
Eu sou uma frase vazia, e ela, um capítulo inteiro,
Alimento a minha poesia, relendo diálogos deste roteiro.
Seu olhar me lembra o céu, o eclipse do sol e da lua,
Do destino, rasgou-se o véu; a verdade nua e crua.
No planetário do meu quarto, renomeei todas constelações,
Dividi todas as estrelas para apenas dois corações.
Eu que nunca fui alcoólatra, bebi saudade pura a noite inteira,
Sentado na sala vazia; eu, minhas músicas e a cafeteira.
Mil e uma poesias escondidas no fundo do armário,
Poesias jamais lidas, poesias de um poeta solitário.