O Viajante

A noite chega tão bela, com céu azul transparente

A lua lança nos prados, seus raios longos e prateados

Iluminando toda a estrada, até a alma da gente.

As estrelas irmanadas cintilam no firmamento

O viajante caminha, perdido em seus pensamentos

Ouvindo o arrulho dos pássaros, e o barulho do vento.

Sente o aroma das flores, ao romper da alvorada

Na brisa leve e suave, que sopra entre as ramadas

E a saudade invade, sua alma apaixonada

Só quem amou um dia, entende seu padecer

Como é triste estar longe, do seu doce bem-querer

O coração fica triste, com vontade de lhe ver

Parece que o tempo para, sem parar um só momento

Como a roda de um moinho, girando ao sabor do vento

Horas boas e felizes, não sai do seu pensamento

Quem dera fosse alado, pra voar como o condor

Sob o infinito, ligeiro... Talvez, como um beija-flor

Poder seguir pelos ares, para ver o seu amor

No aconchego dos teus braços, deitar e adormecer

Matar toda a saudade, que tanto lhe faz sofrer

Ficar sempre do seu lado, enquanto aqui viver

Iracema Cerione (Mayra Luz)
Enviado por Iracema Cerione (Mayra Luz) em 19/10/2017
Reeditado em 29/04/2019
Código do texto: T6146974
Classificação de conteúdo: seguro