Ziguezagues da vida

Passa o trem, bem devagar

Soprando brisa gostosa

Pelas curvas sinuosas

Que outrora deram lugar

À juventude, ao meu lar

À infância, já perdida

Nas voltas vertiginosas

Nos recortes desta vida

O soar daquele apito

Choro agudo e doloroso

Enche o peito desgostoso

De nostálgico e infinito

Soluçar; calado grito

Carregado de saudade

Devolvendo pesaroso

À lembrança a mocidade

À parada demorada

Na nostálgica estação

Permiti minha emoção

Desde jovem, sufocada

Volver à sua morada

Lá na serra, muito além

Onde está meu coração

No ziguezague do trem

Vitor do Carmo Martins
Enviado por Vitor do Carmo Martins em 26/10/2017
Código do texto: T6153789
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