Tão distante...

Tão distante, meu querido

as fronteiras não desaparecem.

O que penso não adianta

maldita herança...

Encontro-me num túnel

vazio, sem luzes e frio

me perdoe se algum dia

não olhei em seus olhos!

Quantos dramas sufocantes

meu destruidor amante

presa nas correntes deste amor

incólume, tão ilesa quanto a dor!

Será esta a sina que me resta

sofrer nos braços da solidão

que arrasta sem compaixão

toda esta falseada de ilusão!

Não veja o que seus olhos vêem

não procure me achar

Não encontrará, os momentos vôam

perdidos, hipócritos e vazios.

Paula Filth
Enviado por Paula Filth em 22/08/2007
Código do texto: T619194