Coisa que corrói pelas beiradas

Estava eu sentado nas escadas

Do meu coração

Terno novo

Sentimento

Roupa velha emoção

Entra pela vista da janela

a saudade

De coisas que longe se foram

Amores que visitaram-me

Pessoas que ficaram na memória

O vento brincando com as árvores lá fora

Saudades das escadas do meu coração

Quando subia e descia sem muita preocupação

Era Adolescente

Tudo em meu peito, muito quente

Banhava na chuva brincava contente

Sem muitos Planos para o futuro

Apenas sonhos Presentes

Queria saber voar como os pássaros

acompanhava as formigas cuiroso

com tanto trabalho

Vez em quando até atrapalhava a fileira

causando desordem

Lançava-as nas poças d'água fingindo ser oceano

E se derrepente não era?

A saudade bate a porta como uma fera

Nos dias de chuva em que fico em casa apenas pela janela a observar

Percebo o quanto não sei mais brincar, ou não estou disposto

Ponho o rosto pra fora os pingos alfinetam meu rosto...

subitamente tiro a roupa e vou...

Tomar banho de chuva alegre a cantar.

A vida é tão curta penso,

porque devo limitar?

Coisa que corrói pelas beiradas

São pensamentos que insistimos em alimentar

Viver é mais importante

pensar?!

Ah, deixa eles pensarem...

Essa é função de pensamento

enquando desfruto do dia seus melhores momentos...

Lauro Camilo
Enviado por Lauro Camilo em 25/12/2017
Reeditado em 25/12/2017
Código do texto: T6207716
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