SAUDADE AO RELENTO

Do outro lado mora a saudade

De quem partiu deixando para trás

Suas memórias, ainda a sentir tua falta...

Num relicário frágil

De lembranças sagradas

De quem amo

Sobre os olhares da minha alma...

Que indiferente

Desaparece em silêncio

Atravessando o tempo

Golpeando a poesia

Que sofre a nostalgia

Da sua lembrança...

Finjo não ler a dor

Guardada em meu peito

A sombra da tua espera

Insinuando a angústia

De minh’alma ao relento

Ansiosa da tua volta...

Posto que em mim

Falta tua doce presença

A aninhar-me em teu colo gentil

Sempre a acariciar-me a alma

Com tua bondade afio,

Mera gentileza de quem é simples

Na sua completude...

Marcada pela saudade

Sôfrega ao relento

Procurando no tempo

O olhar de quem partiu...

Regilene Rodrigues Neves

Em 20/01/2018