SAUDADES DA MINHA MAMÃE

A dor de perder a minha MAMÃE...

Quisera que nunca a tivesse sentido

Pois, parece um pesadelo.

Que infelizmente me despertou.

Não queria te perder para não sentir a dor da saudade

Quisera novamente ter você, para saber o quanto te amamos.

Estamos à beira de um abismo, sem saber o que fazer.

Por caridade MAMÃE, vele por todos nós que te amamos.

Não acredito que a tenha perdido

Com aquela doença estúpida

Que com você a doença acabou

Quisera que tudo fosse um sonho

Na qual despertando a encontrasse.

MAMÃE você foi tudo para seus filhos

Mamãe tu foste uma boa esposa

MAMÃE tu foste uma boa vovó

MAMÃE tu foste à beleza do amor

MAMÃE tu foste uma rosa

Que brilhava quando recebia uma flor.

A pureza, a bondade que tinhas.

Não dá para decifrar

Não dá para escrever

Tinhas a simplicidade, até no teu olhar.

Eras uma pessoa simples

Sem maldade, sem hipocrisia.

Sim vivias humildemente na alegria.

Quisera que todos tivessem a bondade que tinhas

Quisera que todos soubessem o quanto eras amada

Quisera que todos perdoassem como tu perdoavas

Com a inocência e simplicidade das tuas palavras.

Eras uma pessoa simples

Sem maldade, sem hipocrisia.

Sem vaidade vivias na alegria

Tinhas teu esposo, teus filhos, teus netos.

Nada mais te importava só a tua família.

Sua saúde foi se indo

Não querias ir ao médico

Quando o médico procurou

Foi para te levar deste mundo.

Não sentistes a dor da doença,

A doença não te maltratou

Deus te poupou e te levou.

A vida nos reserva,

Uma amarga saudade,

Que foi te perder com a ETERNIDADE

E ficar com a SAUDADE.

Rio, 1982

Poeta: Gracinda Rodrigues Cordeiro

ISBN:978-85-5526-567-9