VIAGEM SEM FIM

Poema dedicado à minha terra Natal.

Viajo na solidão do espaço.

Para te alcançar, tão longe

Estás presente todos dias,

No meu dorido coração.

És a terra que me assistiu

No parto da minha mãe,

Dia que tanto me marcou

E me deu tanta satisfação.

Não há sol, nem céu azul,

Nuvens cinzentas surgem,

Tapam o horizonte, negro,

Pastel do quadro de África.

Viajo na solidão do espaço,

A viagem não mais tem fim,

Sensação de não sair daqui,

Pena minha de não chegar.

Vai ser adiado o meu regresso,

A vida sofrerá um retrocesso,

Não consigo inverter o sentido

Da nave que me trás de volta.

Ruy Serrano - 26.02.2018

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 25/02/2018
Reeditado em 25/02/2018
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